As placas secas de gelatina, apesar de
serem muito mais cômodas que o colódio, tinham o inconveniente de
serem pesadas, frágeis e se perdia muito tempo para substituir a
placa na câmera. Assim as novas tentativas visavam substituir o
vidro por um suporte menos pesado, frágil e trabalhoso. Em 1861,
Alexander Parkes inventando o celulóide solucionava de certa forma o
problema pois John Carbutt, um fotógrafo inglês que havia imigrado
para a América, convenceu em 1888 a um fabricante de celulóide a
produzir folhas suficientemente finas para receber uma emulsão de
gelatina. No ano seguinte a Eastman Co. começou a produzir uma
película emulsionada em rolo, feita com nitrato de celulose muito
mais fina e transparente e, em 1902 já era responsável por 85% da
produção mundial.
Eastman, em 1888, já produzia uma câmera,
a Kodak n.1, quando introduziu a base maleável de nitrato de
celulose em rolo. Colocava-se o rolo na máquina, a cada foto ia se
enrolando em outro carretel e findo o filme mandava-se para a
fábrica em Rochester. Lá o filme era cortado em tiras, revelado e
copiado por contato. O slogam da Eastman "Você aperta o botão e nós
fazemos o resto" correu o mundo, dando oportunidade para a
fotografia estar ao alcance de milhões de pessoas.
O processo fotográfico atual, pouco varia
do processo do início do século. O filme é comprado em rolos
emulsionados com base de celulose, as fotos são batidas, reveladas e
positivadas. Por isso se atribui ao século XIX a invenção e
aperfeiçoamento da fotografia como usamos hoje; ao século XX é
atribuído a evolução das aplicações e controles da fotografia no
aparecimento da fotografia em cores, cinema, televisão, holografia e
todos os usos científicos hoje utilizados. Apesar do processo
químico da fotografia estar com seus dias contados, devido o
aparecimento da fotografia digital, será somente no próximo século
XXI, que se tornará padrão para a captura de imagens. |
George Eastman (1854 -
1932) à esquerda e a bordo de um navio em
1890.
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